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terça-feira, 5 de junho de 2012

Solidão é palavra que escreve-se com lágrimas.

Estremeço todo só de pensar que daqui há um tempo talvez tu não estejas mais aqui. Não estou sendo pessimista, portanto não atirem-me a próxima pedra. Se seu desejo sincero é o de me punir, por favor, utilize um machado certeiro como o câncer que lhe come o colo. Estranho é sentir o chão desparecer e perecer diante do caminho que já nem existe mais. Eu juro que quis gritar, mas as estátuas de sal que me cercam não foram feitas para me ouvirem chorar e diluírem-se em meio ao meu amargo pranto.
- Para que elas servem então?
- Para enfeite.
- Não são belas as suas estátuas.
- Mas elas são... Nada. Elas não são nada.

E eis que seus finos braços de sal escorrem por entre os dedos do abraço que eu não ganhei. Bato palmas, arranco os cabelos fio a fio e imploro que essa tua gelidez seja parte de seus planos de me matar de felicidade! Pois nesses momentos de silêncio profundo crio uma voz que se assemelha a tua e que me faz queimar os dedos novamente.
- Engole teu choro que nele há mais enxofre do que nessas bestas todas.
Respira fundo.
E então eu sorrio e todo mundo fica mais contente.

Foto por: Tuane Eggers

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